Belas paisagens, belas fotos - Canoa havaiana

Kanaloa va' a
Baia Norte, sob a ponte Hercílio Luz, Florianopolis/SC.


















lagoa da Conceição. Florianopolis/SC


Tribuzana va' a





Praia do Sambaqui, Florianopolis/SC.





pontal da Daniela, Florianopolis/SC.


REMOS, QUAIS USAR???

TIPOS DE REMOS

O remo havaiano original era oval com cabo reto e sem empunhadura. Já o remo taitiano apresentava as mesmas características mas com lâmina no formato de gota.
A partir dos anos 70 iniciou-se uma revolução no desenho dos remos. O sucesso dos taitianos nas competições havaianas gerou o aparecimento do formato em gota no Havaí. A partir dos anos 80, devido a influência de canoístas de maratona norte-americanos começaram a surgir os remos com empunhadura.

Os remos atuais são uma mistura de vários elementos. Os mais comuns apresentam um ângulo entre 5 e 15 graus entre a lâmina e o cabo. Há também os remos com dobra no próprio cabo.
O ângulo entre a lâmina e o cabo tem como função facilitar a saída do remo da água e aumentar o alcance na entrada.
O ângulo na parte superior do cabo mantém a mão superior um pouco mais baixa diminuindo assim a incidência de dores no ombro. 

Esse artifício tem que ser bem dosado pois um ângulo mais agudo e a força do braço superior passam a provocar um giro em torno da mão inferior prejudicando a entrada do remo na água.
As lâminas com maior área deslocam um maior volume de água e consequentemente limitam a cadência e tendem a levantar água na saída da remada. Funcionam com mais eficiência com a remada longa de longo alcance e saída no joelho.

As lâminas "sem ombro", com menor área permitem uma saída limpa com pouco deslocamento vertical de água. Por deslocarem menos água exigem uma cadência mais intensa mas para serem realmente eficientes é necessário unir as duas técnicas, ou seja: alcançar o mais à frente possível e sair na altura do joelho.

foto: Floripa va'a 2009


TAMANHOS E COMO SELECIONAR

Um remo muito longo apesar de permitir maior alcance causa dores nos ombros por manter o braço superior muito elevado na recuperação da remada. 
O remo muito curto por sua vez não permite uma forte entrada na água. Existem tabelas e regras básicas para a escolha do remo mas só a experiência pessoal vai poder dizer qual o melhor remo para cada indivíduo. 





 madeira ou carbono

Algumas regras básicas:

  1. sentar no banco da canoa ou numa cadeira, manter a coluna reta, posicionar a pá no banco paralelamente a lateral do corpo e, segurando a empunhadura do remo, o braço deve ficar esticado;
  2. encostar a pá no chão e com o remo em pé, deve alcançar a axila do remador;
  3. encostar a pá no chão e com o remo em pé, a empunhadura deve ficar na linha do tórax;
  4. segurar a pá com a mão, esticar o braço na horizontal junto com o cabo do remo e a empunhadura deve ficar alinhada com o centro do tórax.
  5. fonte: http://pierdeipanema.com.br/tutorial-canoa-vaa-remos/

ROTA ENXAIMEL - POMERODE/SC.

você sabe o que é Enxaimel?




O Enxaimel é uma antiga técnica construtiva, na qual uma estrutura de madeiras encaixadas tem seus vãos preenchidos com tijolos ou taipa. Conjunto de estacas e caibros que sustenta as divisões da estrutura da casa, podendo ou não ficar aparente na fachada. 

A origem desta técnica é ainda muito discutida, chegam a afirmar da Itália, outros da Turquia e há milhares de anos. Também pelo fato de existir em várias regiões da Europa (até na Inglaterra) afirmam que não é possível determinar sua exata origem.

O que é mais aceito entre os especialistas e construtores e que hoje está devidamente comprovado, é que o enxaimel assim como o conhecemos tem origem na região da atual Alemanha durante a idade média. É considerado a partir do momento que as casas deixaram de usar estacas enterradas no solo e passaram a usar fundamento de pedra ou alvenaria. 

Esta inclusive, foi influenciada pela ocupação romana na antiga Germânia. A partir deste momento, as casas passaram a durar gerações e evoluir tecnicamente incluindo vários elementos estruturais e culturais. 

O fato é que na Alemanha está o maior número destas casas, cerca de 2 milhões de exemplares, possuí as mais antigas com até 800 anos e vários países onde o Enxaimel está presente eram países que foram em algum período de sua história ocupados por povos germânicos. 

Também é na Alemanha que a técnica foi mais desenvolvida. 

Normas foram documentadas, profissionais formados, ferramentas específicas desenvolvidas e inclusive as casas são construídas ainda nos dias de hoje.



 Saiba onde temos no BRASIL este tipo de edificações: Pomerode


Em Santa Catarina, descubra, entre os roteiros mais belos deste Estado, a encantadora Pomerode. Localizada no Médio Vale do Rio Itajaí-Açú, Pomerode é uma pequena cidade com cerca de 30 mil habitantes.  Referência em organização e capricho seja pela limpeza das ruas ou pelos belos jardins que enfeitam as casas e florescem o dia a dia dos moradores.

Tranquila e  charmosa, é reconhecida por suas tradições, belezas naturais e ótima qualidade de vida. Há mais de um século, o município preserva os traços culturais herdados dos colonizadores, vindos na maioria da Pomerânia, região do norte da Alemanha.

A educação e a economia são os atuais grandes destaques do município, emancipado de Blumenau desde 1959. De acordo com dados do IBGE, Pomerode desfruta do índice invejável de alfabetização de 98,2% dos munícipes e está entre as 20 melhores cidades em arrecadação de impostos de Santa Catarina. A diversificação da indústria garante empregos e qualidade de vida aos cidadãos do município. 

Além da dedicação ao trabalho e à fé religiosa, a herança da cultura germânica é retratada na arquitetura de casas e ruas de Pomerode. O maior acervo de construções em enxaimel do país se encontra na "Rota do Enxaimel",  um trajeto turístico que apresenta mais de cem casas  tombadas pelo patrimônio histórico em nível municipal, estadual ou federal.


Para fascinar ainda mais turistas e moradores, a cidade exibe grupos folclóricos, bandinhas típicas, corais e 16 Clubes de Caça e Tiro, que surpreendem a todos com festas singulares. Anualmente, no mês de janeiro, a Festa Pomerana alegra o povo pomerodense e os milhares de turistas que vêm de todo país e inclusive do exterior para festejar e conhecer um pouco mais sobre a cultura alemã.

Em termos de lazer, a cidade é o destino perfeito para quem busca tranquilidade e contato com a natureza. O Zoo Pomerode, o primeiro zoológico do Estado e o terceiro do país, abriga hoje mais de 1.300 animais de 220 espécies diferentes, sendo uma divertida opção durante o ano. Os museus também são ótimos destinos culturais, onde se pode conhecer mais sobre a história e costume dos pomerodenses.

Pomerode se destaca por ser o maior polo gastronômico da região, conhecida como "Vale Europeu". O ambiente acolhedor dos restaurantes convida o visitante a apreciar o sabor de pratos típicos, como o marreco recheado, KasslerEisben, entre outras delícias da culinária alemã e mundial. As confeitarias são um capítulo à parte, oferecendo irresistíveis tipos de pães, cucas, bolachas, doces e tortas.

Tudo isso evidencia a forma com que o povo desta 'vila europeia' preserva as tradições e patrimônio local, zelando pela construção de um município próspero e acolhedor que faz por merecer o título de "Cidade mais Alemã do Brasil".




DADOS PRINCIPAIS DA CIDADE
Área216 km²
População30.009 (IBGE 2012)
Relevoplanície, suavemente ondulado, com altitudes pequenas de até 100 metros
Extensão Norte-Sul35 km
Extensão Leste-Oeste20 km
Altitude200 a 300 metros, atingindo pontos de até 500 metros, na porção sul do Município, e de até700 e 900 metros, na porção norte
Latitude26º 44' 26" Sul
Longitude 49º 10' 37" Oeste
Fuso horárioBrasília
TemperaturaMédia entre 15ºC e 25ºC.
ClimaTemperado
ColonizaçãoAlemã
Atividades EconômicasIndústria, comércio e turismo
DistânciasBelo Horizonte - 1.202 km
• Rio de Janeiro - 1.050 km
• São Paulo - 609 km
• Brasília - 1.578 km
• Vitória - 1.486 km
LimitesNorte: Jaraguá do Sul
• Sul: Indaial e Blumenau
• Leste: Rio do Cedro e Timbó
• Oeste: Blumenau

algumas casas no estilo enxaimel estão descaracterizadas, com reboco,puxadinhos, aparelhos de ar condicionado, mas mesmo assim ainda mantêm seu charme.



datada de 1867






Rio Testo, rio importante que acompanha toda a cidade




HISTORIA DE SUCESSO - IMIGRAÇÃO ALEMÃ NO BRASIL
profa. Giralda Seyfehrt

 Trata-se, sem dúvida, de mais uma contribuição valiosa à história da imigração alemã em Santa Catarina e, como tal, digna de ser publicada. Pena que muito aspectos apresentados o foram de forma muito breve. Certamente teriam merecido uma apreciação mais longa, que poderá ser compensada pela consulta à rica bibliografia no final do texto. Como trabalho compacto é altamente interessante.
Há também enfoques curiosos e pouco conhecidos, como o estímulo à imigração para subseqüente agenciamento de mercenários entre os arribantes, para guarnecer o exército e a guarda imperiais. Sobre as heranças culturais deixadas (tradições, comida típica, arquitetura, dança etc), apesar de sumárias, proporcionam interessantes observações, dignas de serem lidas, especialmente aos 180 anos da imigração alemã em Santa Catarina (1829-2009).
Assim, sem se aprofundar, a Profª. Seyferth, com outras obras de maior fôlego sobre colonização já publicadas, traça um pouco do perfil segregacionista, imposto pelo isolamento dos primeiros tempos, estimulando o teuto-nacionalismo (Deutschtum), como teimosa (e tão importante!) preservação da língua alemã, somente quebrada autoritariamente pela Campanha de Nacionalização, instaurada pelo Estado Novo. Deve-se elogiar a riqueza da bibliografia consultada pela autora.



































Cônsul Honorário da Alemanha em Joinville

Hans Dieter Didjurgeit

Udo Döhler Cônsul Honorário da Alemanha em Blumenau

Os motivos da Imigração
             Os primeiros imigrantes alemães chegaram a Santa Catarina em novembro de 1828, portanto, no período inicial da colonização européia planejada pelo governo imperial brasileiro com a intenção de implantar um modelo de agricultura baseado na pequena propriedade familiar. Essa intenção pode ser observada na legislação imigratória brasileira desde os contratos que determinam a fundação da 1ª colônia, com imigrantes suíços, em 1819 – fixados em Nova Friburgo, na região serrana do Rio de Janeiro - até os decretos-leis posteriores à 2ª Guerra Mundial: privilegiou-se a vinda de agricultores, subsidiando, em grande parte, a imigração destinada a projetos de colonização. A intenção colonizadora, portanto, motivou o agenciamento de alemães, iniciado logo após à independência. Mas, ao lado disso, é preciso não esquecer as razões geopolíticas que levaram o governo a privilegiar tal forma de ocupação territorial: o agenciamento de colonos se fez juntamente com o recrutamento de mercenários que pudessem reforçar o exército nacional nas lutas da independência, especialmente no norte do país, e nas disputas fronteiriças com os países vizinhos no extremo sul. Assim, o agenciamento - através de indivíduos contratados para essa finalidade pelo governo brasileiro - foi, talvez, a principal razão da vinda de imigrantes alemães para o Brasil durante o Império. Antes de 1830, o principal agenciador foi o médico alemão Georg Anton Schäffer, uma figura controvertida, que esteve no Brasil antes da independência em viagens a serviço da Rússia; depois, tornou-se oficial do corpo de guardas do Imperador Dom Pedro I e Encarregado de Negócios do Brasil na Europa para intermediar a vinda de imigrantes. Nessa condição, foi responsável pelo recrutamento de boa parte dos soldados de origem germânica que integraram os batalhões estrangeiros até 1828, bem como de colonos encaminhados para São Leopoldo e Nova Friburgo em 1824. Por outro lado, a possibilidade de acesso à propriedade da terra, os subsídios prometidos pelos agenciadores em nome do governo brasileiro - passagens e auxílios para manutenção no ato da localização em projetos coloniais - bem como a liberdade religiosa e a concessão da naturalização funcionaram como motivação para emigrar para o Brasil. No entanto, a propaganda elogiosa do sistema de colonização não correspondia à dura realidade cotidiana das colônias, estabelecidas em regiões de floresta e de difícil acesso; boa parte das promessas - interpretadas pelos imigrantes como contratuais - não puderam ser cumpridas. Isso motivou não só a reemigração ou o retorno de muitas famílias descontentes com as condições de localização em áreas coloniais, mas também ajudou a produzir na Europa um discurso contra a emigração para o Brasil. A existência da escravidão, por sua vez, reforçava a imagem negativa do país e, na medida em que o interesse na imigração aumentou, a partir de 1850, quando o tráfico de africanos foi proibido pela Lei Euzébio de Queirós, a própria elite imigrantista brasileira passou a considerar a persistência do regime escravista um entrave ao progresso.
As referências acima apontam para as dificuldades de estabelecer um fluxo espontâneo de imigrantes para o Brasil, apesar do interesse de ambas as partes - governo imperial brasileiro e cidadãos de estados alemães – estes impelidos, por diferentes razões, a deixar suas terras de origem. A propaganda dos agenciadores e as benesses prometidas pelo governo brasileiro certamente determinaram a opção pelo Brasil, mas não têm relação com as causas estruturais da grande emigração que levou alguns milhões de alemães para as Américas, sobretudo para os Estados Unidos, desde o início do século XIX. O Brasil recebeu uma parcela relativamente pequena desses emigrantes: entre 1824 e meados do século XX aqui chegaram, aproximadamente, duzentos e cinqüenta mil alemães, menos de 5% do total de estrangeiros admitidos no Brasil nessa condição, conforme assinalou Manoel Diégues Junior.
Guerras e mudanças de fronteiras, que muitas vezes transformaram cidadãos em membros de minorias nacionais, as pressões demográficas, as transformações e crises econômicas são os principais fundamentos históricos da emigração em massa - causalidades assinaladas em depoimentos de colonos alemães estabelecidos em Santa Catarina, não importando a época ou o lugar de onde emigraram. Assim, a emigração das famílias oriundas do Grão Ducado de Baden, estabelecidas no Vale do Itajaí onde hoje está situado o município de Gabiruba, foi motivada pelos efeitos sócio-econômicos e políticos da Revolução de 1848 e pela crise fundiária resultante da fragmentação das posses camponesas em razão da prática da herança compartilhada ou Realteilung - fenômeno que depois repetiu-se no Brasil. Mas, se em algumas regiões alemãs a partilha das terras reduziu progressivamente a possibilidade de sustentação das famílias camponesas, em outras prevalesceu o herdeiro único (primogênito ou ultimogênito), causando a migração dos deserdados da terra motivados pela possibilidade de ter uma propriedade em outro país. A utopia camponesa da terra em abundância ajudou a engrossar os contingentes imigratórios, porém as causas mais concretas, além das razões pontuais acima citadas, remetem à transição muito rápida para um modo capitalista de produção, no início do século XIX: milhares de trabalhadores rurais precisaram deixar as grandes propriedades da nobreza agrária, ficando os artesãos - rurais e urbanos - e os pequenos produtores camponeses independentes sem condições de competir numa economia capitalista. Além disso, a revolução industrial, igualmente muito rápida, ocorreu em vários estados alemães a partir da década de 1830, com a conseqüente emergência de um Lumpenproletariat - proletariado andrajoso, composto de trabalhadores sem qualificação, em grande parte oriundos do meio rural. Essas classes - o campesinato e o operariado - foram as principais perdedoras na Revolução de 1848, com o fracasso dos levantes populares. Em resumo, a situação de pobreza e a intensidade das mudanças econômicas e sociais motivaram, embora não exclusivamente, os fluxos imigratórios.
A retomada da colonização com imigrantes alemães no sul do Brasil em meados do século XIX coincidiu com um período de crise no campo, provocada por más colheitas, êxodo rural, especialmente na Prússia, e a derrocada da Revolução de 1848. As listas disponíveis na documentação oficial apontam para a predominância de artesãos e lavradores entre os imigrantes localizados nas regiões de colonização, em Santa Catarina. Nos núcleos coloniais também se estabeleceram ex-soldados, operários especializados, profissionais liberais, professores e pessoas com algum grau de profissionalização, ou escolaridade, oriundas da classe média alemã, sem qualquer familiaridade com a agricultura privilegiada pelas leis brasileiras - mostrando, de certa forma, a natureza imponderável das motivações humanas.
Na configuração estatística da imigração alemã no Brasil, contudo, percebe-se que o maior volume de entradas ocorreu na década de 1920, logo após à 1ª Guerra Mundial e em plena crise econômica, política e social da República de Weimar. Esses imigrantes raramente seguiram para áreas de colonização; ficaram nas cidades e muitos retornaram para a Alemanha na década de 1930. Guerras, revoluções, mudanças políticas e crises econômicas e suas conseqüências sociais, portanto, sempre foram elementos preponderantes dos deslocamentos populacionais, malgrado a força dos nacionalismos e as dificuldades encontradas pelos imigrantes nos países de acolhida.
 A localização dos primeiros imigrantes alemães em Santa Catarina mostra o objetivo geopolítico de povoamento de terras devolutas no sul do país: a primeira colônia, denominada São Pedro de Alcântara, surgiu em 1829 no vale do rio Maruí, no caminho de cargueiros que ligava São José, lugarejo próximo à capital Desterro, no litoral, à vila de Lages, no planalto. No mesmo ano, outra colônia, Mafra, às margens do Rio Negro, na fronteira com o Paraná, recebeu pequeno grupo de alemães, numa situação idêntica - estava situada no caminho de cargueiros que ligava Lajes a Curitiba. São Pedro de Alcântara recebeu menos de mil indivíduos - 166 famílias oriundas da cidade hanseática de Bremen e pouco mais de uma centena de soldados alemães dispensados dos batalhões estrangeiros que haviam se amotinado no Rio de Janeiro em 1828.
 Pouco depois, em 1830, a imigração cessou, pois os gastos com o agenciamento e localização dos colonos foram proibidos por lei. A Revolução Farroupilha, iniciada em 1835, também dificultou a vinda de novos imigrantes, apesar do interesse provincial em dar continuidade ao processo de colonização. Na década de 1830, muitos colonos, descontentes com as condições de vida de São Pedro de Alcântara, foram encaminhados para novos locais de assentamento situados no Vale do Itajaí, onde hoje está a cidade de Gaspar, e em Vargem Grande, no rio Cubatão. A retomada da imigração alemã ocorreu em 1847, com a fundação da colônia de Santa Izabel, no rio Cubatão, próximo a Vargem Grande, no momento histórico de discussão de uma nova lei sobre terras e colonização e de fortalecimento das relações diplomáticas com o governo prussiano. O Visconde de Abrantes, Encarregado de Negócios do Império Brasileiro em Berlim, era um dos defensores de mudanças na legislação para atrair maiores fluxos de imigrantes para colonização de terras públicas. Achava que os alemães eram os melhores agricultores da Europa e, por isso, os mais adequados para aquele propósito.
A promulgação da lei 601 - chamada “Lei de Terras” - em 1850, seguida da sua regulamentação em 1854, teve efeitos sobre a imigração: ela estabeleceu os critérios de venda das terras públicas, agora acessíveis, por compra, aos estrangeiros; definiu as disposições acerca da localização em áreas coloniais; e abriu espaço para a atuação dos governos provinciais, repassando para as províncias parte do controle sobre as terras devolutas e para empresas particulares interessadas na colonização, mesmo pertencentes a estrangeiros. Esse modelo de ocupação de terras devolutas, para o qual foram privilegiados imigrantes europeus - com a primazia dos alemães no sul - distanciou os mesmos da sociedade nacional, localizando-os fora das áreas ocupadas pela grande propriedade. Em Santa Catarina, o evento tornado paradigmático desta nova fase de implantação de colônias foi a fundação de Blumenau, ponto de partida para o povoamento do Vale do Itajaí. Em setembro de 1850, pouco antes da promulgação da Lei de Terras e conforme os interesses provinciais de incentivar as iniciativas privadas de colonização, o químico alemão Hermann Blumenau fundou, com 17 imigrantes, a colônia que levou seu nome. A fundação foi precedida por duas viagens de exploração, em 1847 e 1848 - período em que Blumenau esteve no Brasil como representante de uma associação protetora de imigrantes alemães. Nos anos seguintes, apesar do seu empenho e da propaganda sobre a colônia, Blumenau não foi bem sucedido na tarefa de agenciamento de compatriotas: dez anos após sua fundação, havia na colônia 943 habitantes, a maioria deles evangélico-luteranos - portanto, protestantes que sofriam restrições em razão do poder temporal da Igreja Católica no Brasil.
Diante dos problemas próprios de um empreendimento particular com poucos recursos e da dificuldade de trazer imigrantes em número suficiente para tornar viável a colonização de toda a região, Blumenau transferiu sua colônia para a província de Santa Catarina. Mas, apesar dessa oficialização, o fundador manteve-se na direção, juntamente com seus auxiliares e amigos - entre eles o naturalista Fritz Müller. A partir daí, e na condição de Stadtplatz, conforme a ela se referiam seus habitantes, a pequena vila de Blumenau transformou-se no centro de referência para a colonização da bacia do Itajaí. Aumentou o fluxo de alemães e, a partir de meados da década de 1870, começaram a chegar imigrantes de outras nacionalidades - sobretudo italianos e poloneses. Considerada uma das mais bem sucedidas colônias alemãs, sempre mencionada nos documentos oficiais e na propaganda do governo brasileiro, conhecida, por isso, no país e na Europa e objeto de grandes polêmicas nacionalistas por suas especificidades culturais e identidade étnica, possuía perto de vinte mil habitantes no ano de 1883, quando já havia obtido autonomia municipal. Naquela ocasião, mais de 70% da população tinha origem alemã e apenas 10% falavam a língua portuguesa.
O outro pólo mais importante da colonização em Santa Catarina também surgiu da iniciativa particular: a Colônia Dona Francisca, futura Joinville, surgiu em 1851 por iniciativa da Sociedade Colonizadora de Hamburgo, criada em 1849 pelo Príncipe de Joinville com a finalidade de localizar imigrantes europeus no território que recebeu como dote, por ocasião do seu casamento com a Princesa Dona Francisca, irmã do Imperador Dom Pedro II, situada na região nordeste de Santa Catarina, próxima à vila de São Francisco do Sul. Heterogênea quanto à composição dos contingentes imigratórios iniciais - os primeiros imigrantes eram, em sua maioria, suíços e noruegueses - logo seria outra importante “colônia alemã”. Seus administradores eram representantes do Príncipe de Joinville, proprietário, de fato, da área colonizada, destacando-se, entre eles, Eduard Schroeder, Leonce Aubé e J.O.L. Niemeyer. A empresa colonizadora expandiu a colonização até o planalto, abrindo vias de comunicação, como a Estrada Dona Francisca, fundando novos núcleos como São Bento do Sul - autorizada por sucessivos contratos para introdução de imigrantes, com predominância de alemães, ratificados por decretos até o início da República. A expansão de Joinville foi rápida: em 1866 obteve o estatuto de município e em 1877 passou a ser considerada cidade, apresentando um ainda incipiente processo de industrialização.
No ano de 1860, por iniciativa do governo provincial, começou a ocupação da região do rio Itajaí-Mirim, com o estabelecimento dos primeiros imigrantes alemães na Colônia Itajaí, depois denominada Brusque, sob a direção do austríaco Maximilian von Schneeburg, a serviço do governo imperial brasileiro. Trata-se do terceiro pólo mais importante da colonização alemã em Santa Catarina, para onde foram direcionados imigrantes de várias procedências, inclusive franceses e irlandeses - que depois se retiraram - além de italianos, mas acabou prevalecendo a maioria de alemães. Em algumas das suas linhas coloniais, especialmente as que acompanharam o curso do ribeirão da Guabiruba, ocorreu a concentração de lavradores oriundos de Baden, assentados nos anos de 1860 e 1861, logo após a fundação da Colônia Itajaí. No atual município de Guabimba ainda é falado o dialeto trazido por esses imigrantes. Em razão do progresso econômico e densidade populacional, Brusque obteve sua emancipação municipal em 1881.
Assim Blumenau, Joinville e Brusque podem ser considerados os três principais núcleos urbanos derivados da colonização alemã em Santa Catarina e continuaram a receber imigrantes após a criação dos municípios. Na verdade, os assentamentos prosseguiram até as primeiras décadas do século XX, administrados por empresas colonizadoras ou pela Inspetoria de Terras e Colonização. Dessa expansão, por exemplo, surgiu a colônia de Jaraguá, em 1879, estabelecendo-se uma continuidade espacial de ocupação humana entre o Vale do Itajaí e Joinville. Na primeira república intensificou-se a colonização do alto Vale do Itajaí e áreas próximas no planalto, através da ação de empresas particulares, especialmente da Sociedade Colonizadora Hanseática, criada em Hamburgo em 1897 para substituir a Sociedade Colonizadora de Hamburgo, responsável pela fundação de Joinville. Entre outros núcleos, essa empresa fundou a colônia Harmonia, atual Ibirama, em 1898. Uma parte dos colonos assentados pela Hanseática vinha das regiões coloniais mais antigas.
Imigrantes alemães e, principalmente, colonos de origem germânica provenientes das chamadas “colônias velhas” do Rio Grande do Sul também tiveram papel relevante na colonização do planalto catarinense, intensificada após as disputas de limites com o Paraná e do episódio conhecido como Guerra do Contestado - um processo em parte associado à construção da Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande. Várias empresas particulares atuaram no médio e extremo oeste, recebendo grandes concessões de terra para colonização, inclusive a Brazil Development and Colonization, subsidiária da construtora da ferrovia. Ali foram raras as colônias etnicamente homogêneas, embora predominassem os colonos de origem italiana e alemã. No entanto, há casos de concentração maior de alemães e descendentes na região oeste, como na colônia de Porto Novo, hoje Itapiranga, fundado em 1926 pela Volksverein für deutsche Katholiken – SociedadeUnião Popular para Católicos Alemães, associação idealizada pelo padre jesuíta Theodor Amstad, com o objetivo de assentar em Santa Catarina o excedente da população camponesa católica das regiões de colonização mais antiga do Rio Grande do Sul. Processo semelhante ocorreu em Palmitos onde, no início da década de 1930, surgiu um núcleo colonial composto por famílias de religião evangélica-luterana. Na região do Rio do Peixe merece destaque a experiência colonizadora empreendida pelo austríaco Andreas Thaler, que ali estabeleceu, com tiroleses, a colônia de Dreizenlinden, Treze Tílias, em 1933. Ainda nessa área do meio oeste, e na mesma época, dois imigrantes alemães, René e Arnoldo Frey, deram início a várias atividades econômicas, entre elas a fruticultura, com ênfase no cultivo da maçã - ponto de partida para o surgimento do município de Fraiburg.
Os dados apresentados, certamente incompletos, mostram a importância da participação de alemães na colonização de Santa Catarina. Circunstancialmente, até tiveram primazia nessa forma de ocupação do solo, embora as autoridades brasileiras, os formadores da opinião pública e as lideranças imigrantistas estivessem divididas: por um lado, havia o argumento da eficiência, do conhecimento agrícola e do sucesso de algumas colônias; por outro, os críticos da imigração alemã falavam constantemente em “enquistamento étnico”, distância cultural e linguística, enfim, em dificuldades de assimilação. Mesmo assim, as entradas de imigrantes de língua alemã - referência que Emílio Willems, um dos grandes estudiosos do tema, preferia utilizar na quantificação dos fluxos - tiveram certa constância até o início da década de 1930, inclusive em Santa Catarina. A maior concentração de descendentes encontra-se, hoje, no Vale do Itajaí e na região que tem como principal pólo econômico a cidade de Joinville, a mais populosa do estado; mas, como vimos, imigrantes e famílias oriundas de colônias mais antigas participaram da ocupação do oeste, dentro do mesmo modelo de colonização.
Assim, a colonização de Santa Catarina, especialmente depois de 1850, realizou-se através da concessão familiar de lotes com aproximadamente 25 hectares, demarcados a partir de picadas abertas na floresta, chamadas “linhas” - muitas vezes acompanhando os cursos d’água. Nesse sistema prevaleceu o que o geógrafo Leo Waibel denominou de povoamento rural disperso em fileiras - apesar da regularização observada na concessão dos lotes. Em cada região colonial, a ocupação das terras realizou-se a partir de um centro demarcado com “lotes urbanos” - as linhas acompanhando as margens dos rios e ribeirões, afastando-se progressivamente do núcleo original planejado para ser uma vila, concentrando comerciantes, artesãos, administração, igrejas, escolas, serviços em geral. Tal formato de ocupação refletiu-se, mais tarde, no traçado de muitas cidades, especialmente no Vale do Itajaí. Os colonos recebiam seus lotes por compra, a prazo, contraindo a chamada “dívida colonial”. Os assentamentos, em quase todas as áreas, foram continuados, às vezes com excesso de imigrantes aguardando suas concessões; principalmente no século XIX, as condições precárias da maioria das colônias originaram conflitos abertos com a administração e retiradas em grupos - contrariando o tom laudatório das idealizações sobre a “vocação pioneira” dos colonos e o desenvolvimento econômico. O sistema, controlado pelo estado e por empresas particulares sujeitas à legislação sobre imigração e colonização, era instável e resultou em grande mobilidade espacial dos imigrantes e seus descendentes.
A colonização foi concebida como um modelo perfeito, antecipando até os espaços destinados às futuras povoações. Mas os burocratas que o conceberam não previram as dificuldades de demarcação de lotes, localização de imigrantes em áreas de floresta virgem, acidentadas, nem sempre apropriadas para exploração agrícola. Apesar dos inúmeros problemas causados por essa situação, ocorreu um processo histórico de formação de um campesinato teuto-brasileiro, cuja base econômica é o lote colonial familiar e com produção diversificadora (policultura), que resultou numa sociedade diferenciada no meio rural brasileiro.

Por outro lado, os núcleos urbanos se desenvolveram, progressivamente, nas áreas previstas pelos projetos coloniais, concentrando os serviços especializados, o comércio, as atividades recreativas, culturais, escolares e religiosas. Tornaram-se pólos de atração para muitos colonos, sobretudo a partir da segunda geração, que buscaram alternativas de trabalho fora da agricultura. De fato, a industrialização em Santa Catarina começou, de forma mais sistemática, nas regiões de colonização germânica - onde já haviam surgido muitas pequenas empresas artesanais de beneficiamento de produtos agrícolas, além de curtumes, cervejarias, marcenarias, ferrarias etc. Imigrantes que se dedicaram ao comércio de produtos coloniais tiveram rápida ascensão social e acumularam capital suficiente para iniciar a industrialização, que foi concomitante com o crescimento dos centros urbanos no Vale do Itajaí e em Joinville.
As primeiras indústrias não vinculadas à produção colonial surgiram na década de 1880. Em Blumenau, este foi o caso das indústrias têxteis fundadas pelos irmãos Hering, por Johann Karsten, Heinrich Hadlich e Gustav Roeder. Em Brusque, a primeira fábrica de tecidos surgiu da iniciativa do comerciante alemão Carlos Renaux em 1892; pouco depois, em 1898, Eduardo von Buettner, também comerciante, instalou uma fábrica de bordados que daria origem ao segundo maior grupo textil local; a terceira maior empresa têxtil teve origem mais artesanal, fundada em 1911 por Gustavo Schlösser, tecelão emigrado da cidade de Lodz, Polônia, que havia trabalhado na empresa de Renaux.

O tecelão Carl Gottlieb Döhler, da Saxônia, estabeleceu a primeira fábrica de tecidos em Joinville, em 1881. No processo de industrialização do Vale do Itajaí predominou o setor têxtil, importante também em Joinville. Ali, porém, houve maior diversificação do parque industrial, com o surgimento, ainda no século XIX, de um forte setor metalúrgico, iniciado em 1886 por K. E. Auerbach, além de indústrias de produtos alimentícios - como, por exemplo, a fábrica estabelecida por J.G. Stein em fins do século XIX - ou, ainda, na área da celulose - caso da fábrica de colas, lixas e papéis criada por Gotthard Kaesemodel em 1903.
 Os empresários recrutaram a maior parte da mão-de-obra para as fábricas entre os colonos, suprindo a falta de técnicos especializados com imigrantes trazidos da Alemanha para esta finalidade; e o crescimento industrial, principalmente depois da 1ª Guerra Mundial, contribuiu para a expansão urbana, com a formação de bairros operários que, ainda hoje, se confundem com a paisagem rural, visto que muitos assalariados mantêm alguma prática agrícola complementando a renda familiar.
Conforme assinalado na historiografia, a “colonização alemã”, sob todos os aspectos, foi bem sucedida em Santa Catarina, a despeito das dificuldades enfrentadas pelos pioneiros e da repressão ocorrida durante a campanha de nacionalização, no Estado Novo (1937-1945). A industrialização consolidada no século XX abriu novo mercado de trabalho para um campesinato que começava a enfrentar dificuldades de acesso à terra, diante da saturação do modelo colonial baseado no lote de 25 hectares. Este crescimento econômico e urbano, as aspirações políticas resultantes da criação dos novos municípios a partir da década de 1880, além da utilização cotidiana do idioma alemão e da nova configuração sócio-cultural derivada do processo histórico de imigração e colonização, com forte permanência de costumes e valores germâ-nicos, deram maior visibilidade às regiões colonizadas majoritariamente por imigrantes de etnia alemã em Santa Catarina. fonte: http://www.brasilalemanha.com.br/novo_site/noticia/uma-historia-de-sucesso-a-imigracao-alema-em-santa-catarina-por-prof-girarda-seyfehrt/7939

Nossas bikes não poderiam ficar de fora do nosso roteiro cultural




Cemitério antigo dos colonizadores alemães



no caminho, muitas plantações de milho, cana de açúcar, aipim, hortaliças e pupunha.



Pupunha


Colheita da Pupunha




Muita lenha armazenada para os dias de frio.

Rio testo, limpo e bem cuidado como toda a cidade

Pomerode possui uma história rica 


(JANEIRO/2017)à poucos dias de completar 58 anos de emancipação político-administrativa, Pomerode tem muito o que comemorar. Com uma história cultural extremamente rica,
 a cidade tem sua base fundamentada nas tradições alemãs, 
a começar pelo próprio nome. 

Há duas versões para o surgimento do nome Pomerode. 
Em alguns livros consta que deriva de Pommeroda, designação de um 
Ribeirão formado pelos Ribeirões Rauffmann e Ribeirão do Saco 
(Pomerode Fundos) afluente do Rio do Testo, próximo ao centro da cidade.

Em outras obras, se registra que o nome está relacionado à
 origem dos fundadores, imigrantes vindos da Pomerânia (Pommern), 
norte da Alemanha. O nome deriva da junção do radical Pommern 
e do verbo rodern, verbo alemão que significa tirar os tocos, 
tornar a terra apta para o cultivo.

Colonização
O início da colonização de Pomerode remonta ao ano de 1861, 
quando os primeiros imigrantes, liderados pelo colonizador Hackbarth,
 decidiram subir um afluente do Rio Itajaí-Açú, a partir da região
 onde hoje se localiza o bairro Badenfurt. 
Os primeiros imigrantes se estabeleceram ao longo do Rio do Testo
 pelo sistema de minifúndios (pequenas fazendas), onde eram cultivados 
arroz, fumo, batata, mandioca, cana de açúcar, milho e feijão.

 As primeiras edificações eram rústicas construções de pau a pique,
 cobertas com folhas de palmeiras. Em 1870, a primeira escola alemã 
foi instalada na localidade de Testo Central (atual Escola Básica
 Municipal Olavo Bilac).

Até a virada do século XX, Pomerode era uma colônia voltada apenas
 para agricultura e pecuária de subsistência, com pequenos pontos 
comerciais nas áreas centrais da colônia. Com a mudança de século, 
pequenas empresas familiares de laticínios, frios, móveis e cerâmica
 deram início à industrialização do município. 

Anos mais tarde, a indústria da porcelana se tornou uma das mais importantes para a 
economia local. Hoje, a cidade é considerada um forte polo têxtil e 
metal-mecânico. 

Desmembrada de Blumenau em janeiro de 1959, Pomerode mantém até
 hoje o fascínio de uma pequena comunidade com a forte influência alemã 
em seus costumes.fonte:http://www.testonoticias.com.br/geral/%C3%A0s-margens-do-rio-do-testo-1.1957572










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